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Alejandra Claros

Secretária-geral do CAF. Anteriormente, atuou como chefe de gabinete da Presidência da Bolívia e coordenadora nacional da Empresa Nacional de Telecomunicações (ENTEL). É licenciada em Ciências Jurídicas e Políticas, com mestrado em Direito Multidisciplinar pela Universidad Mayor de San Simón (Bolívia), e em Comunicação e Marketing Político pela Universidad de Alcalá (Espanha).

Entrevista

P./ Qual é o papel da cultura no desenvolvimento social e como a estratégia da CAF para promovê-la é articulada por meio de diferentes iniciativas?

Se a história da América Latina e do Caribe nos ensinou alguma coisa, é que o desenvolvimento não se constrói apenas com infraestrutura. Você precisa desses fios invisíveis que são a cultura e a identidade. É por isso que a CAF apoia a cultura, pois ela é uma ferramenta para o desenvolvimento. Não temos apenas programas de proteção do patrimônio, mas também estamos progredindo na digitalização do conteúdo cultural porque, em última análise, cultura é desenvolvimento.

P./ Como a comunicação e a transparência têm sido instrumentos fundamentais para gerar confiança entre os clientes e fortalecer o posicionamento da CAF? Quais são os principais instrumentos para promover a transparência nas instituições?

Em um mundo onde as instituições estão em crise, a comunicação e a transparência não são opcionais. Elas são a base sobre a qual construímos legitimidade e fortalecemos o relacionamento com os países, o setor privado e a comunidade em geral. É por isso que estamos comprometidos com ferramentas digitais que nos permitem maior rastreabilidade em nossos projetos e incentivam a comunicação que não apenas informa, mas também conecta a CAF com seus aliados estratégicos. A América Latina precisa de instituições fortes e confiáveis. Na CAF, estamos comprometidos com a governança aberta, mas também queremos ser uma ponte entre o conhecimento e as necessidades reais da região. Na CAF, estamos gerando conhecimento há 20 anos por meio do Relatório de Economia e Desenvolvimento. Durante esse tempo, aprendemos que a definição de sustentabilidade não se refere apenas ao meio ambiente, mas também à cultura, à inclusão social e, acima de tudo, ao digital. A América Latina e o Caribe estão preparados, com as ferramentas do conhecimento, para enfrentar esses novos desafios de um mundo mais dinâmico.